Professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

O mais difícil na carreira como cientista é ver que ao longo do caminho tantas outras mulheres desistiram porque se tornaram mães, porque não queriam aguentar aquelas ‘mordidinhas de mosquito’, que são os comentários cretinos de um colega. Fui perdendo essas companheiras de luta, e então vi que eu tinha um trabalho, além do meu trabalho de cientista, de garantir que no futuro as mulheres não desistam da sua carreira por causa dessas mordidinhas. Sabe por quê? Porque essa carreira é linda. Quando você percebe que é a primeira pessoa que compreendeu alguma coisa no mundo, é um sentimento inigualável. É por isso que eu sou cientista. Eu persigo todos os dias esse sentimento – depois de muito trabalho, tem aquele instante de êxtase total. É um orgasmo!

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