Astrofísica e editora do blog Cientistas Feministas

Eu acredito que os maiores desafios sejam dois: os estereótipos e as microagressões. Lutar contra os estereótipos é difícil quando se ouve desde a escola, mais agravado no ensino médio e depois na faculdade, que aquele não é o seu lugar. Mesmo que aquilo seja dito de uma maneira não considerada agressiva por algumas pessoas, porque elas já estão inseridas no contexto do estereótipo e por isso acham que é uma bobagem, uma superficialidade. Mas quando isso é dito todo o tempo, você fica com a ideia de que está em um lugar que não te pertence, de isolamento. Sobre as microagressões, é algo também nessa direção, algumas pessoas, que não sofrem com aquele estereótipo, ficam o tempo todo lembrando que aquele não é o seu lugar. Elas acham que isso é normal e que você não deveria se sentir tão mal, pois ela está somente dizendo o óbvio.

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