Se o acesso de meninas e mulheres ao conhecimento científico e à carreira acadêmica oferece desafios a serem enfrentados, as dificuldades para as mulheres negras são ainda maiores.

Por Catarina Marcolin e Zélia Maria da Costa Ludwig

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a proporção de mulheres brancas com ensino superior completo é 2,6 maior que a de mulheres negras.

Em relação à distribuição das bolsas de treinamento e pesquisa, a participação de negros decresce à medida que se eleva o nível de formação – para ambos os sexos, e mais acentuadamente para as mulheres. Levantamento divulgado em 2015 pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) revela que o número de bolsistas negros é maior na iniciação científica, indicando resultados de políticas de inclusão racial e social, e menor no doutorado. Do total investido em bolsas de produtividade em pesquisa, 34 por cento foram destinados a cientistas mulheres – naquele ano, as mulheres negras atingiram apenas sete por cento do total de 14.040 bolsas.

Para falar sobre o assunto, entrevistamos algumas mulheres que lutam para ocupar espaços nas artes, na ciência e na tecnologia.

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