O British Council realizou, em 7 de fevereiro de 2018, o webinar O Inglês na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, transmitido ao vivo pelo Facebook.

Sancionada em dezembro de 2017, a BNCC tem o inglês como um dos componentes obrigatórios para o Ensino Fundamental II – do 6º ao 9º ano. O webinar foi uma oportunidade para debater os novos desafios para o ensino da língua inglesa no Brasil a partir da base. O evento contou com perguntas enviadas pelo público por meio da rede social antes e durante a transmissão.

No webinar, Cintia Gonçalves, gerente sênior de inglês no British Council, foi a moderadora, tendo como convidados: Alice Ribeiro, secretária executiva do Movimento pela Base; Ivan Siqueira, pesquisador e membro do Conselho Nacional de Educação; e Andreia Alves, consultora e professora com experiência no ensino fundamental e médio, tendo atuado na rede pública municipal de Guarulhos, na rede Estadual de São Paulo e na formação de professores.

Assista ao webinar na íntegra

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Temas discutidos no webinar

  • O inglês na BNCC e importância estratégica para o país; o papel do CNE no processo de elaboração da BNCC. 
  • A importância da Base para a efetivação de direitos dos estudantes e o trabalho do Movimento pela Base nos últimos anos em advocacy, promoção de debate e preparação para a implementação da base. 
  • A importância da BNCC proporcionando um lugar diferenciado da língua inglesa no ensino brasileiro.
  • Desafios para o professor de inglês: (1) formação integral e aquisição linguística; (2) metodologia para ir além do tecnicismo;
  • A BNCC não diz “como fazer”; propõe superar a visão tecnicista; será preciso fazer exposição real do aluno à língua. Exemplos: usar textos em inglês, trabalhar gêneros textuais.
  • A língua inglesa na BNCC tem caráter formativo, é entendida como forma de acesso a sistema de signos e isso significa ir além de ensino de vocabulário, gramática. A questão local também é importante, partir da realidade do aluno.
  • Pesquisas mostram o interesse dos jovens pela LI; a BNCC pode ser oportunidade de aumentar o interesse dos jovens pela aprendizagem.
  • Professor não é responsável sozinho, há coordenadores, diretores. Mas é responsabilidade dele (1) ter clareza do ensino/aprendizagem esperado; (2) entender o contexto do aluno para traçar suas práticas/aplicação do currículo; (3) usar recursos pedagógicos com diferentes perfis dos alunos.
  • A escola de idiomas tem a língua como um fim, já a escola regular tem papel diferenciado como promover o acesso a manifestações culturais, a formação do cidadão; transformá-la em centro de idiomas é reduzir seu papel.
  • Para utilizar a tecnologia em sala de aula, há muitas ferramentas que funcionam offline. O MEC está preparando material para professores de LI.
  • Multinível em sala de aula pode ser desafio ou solução; há a possibilidade de trabalhar em grupos de alunos, propondo o protagonismo nas atividades, e isso ajuda os alunos.
  • A base traz a necessidade de mudar a maneira de fazer o planejamento; como viabilizar uma nova forma de fazer as coisas serem feitas?
  • Os princípios da base para o Ensino Médio devem ser os mesmos; haverá etapas de discussão/revisão. No final de março/início de abril o MEC deve passar o documento ao CNE que então vai desenvolver metodologia de revisão considerando as especificidades do EM como a educação técnica, profissional e outros desafios.
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