O British Council tem a missão de disseminar a língua inglesa no mundo, de forma a construir relações culturais e educacionais entre os países. A fim de contribuir com a discussão sobre a BNCC e colaborar ativamente com o fortalecimento da educação básica brasileira, elaboramos uma análise crítica da terceira versão do documento, com foco na língua inglesa. O arquivo completo está disponível para download no final desta página.
Em linhas gerais, o estudo – apresentado ao Conselho Nacional de Educação em 8 de novembro de 2017 – defende o ensino e a aprendizagem do inglês “no uso e para o uso”, ou seja, baseados nas práticas de uso da língua estrangeira em diferentes contextos sociais. Opõe-se ao ensino tradicionalmente fragmentado e descontextualizado, que enfatiza o aprendizado de vocabulário e regras gramaticais isoladas. E ressalta que o ensino do idioma tem um papel importante na formação integral dos alunos, ao ampliar as possibilidades de comunicação e intercâmbio cultural.
Embora o texto da Base resguarde o direito a uma educação abrangente e proponha um ensino dinâmico, que estimule o uso do inglês na vida real, as práticas indicadas no próprio documento contrariam essa ideia. Por isso, a leitura crítica realizada pelo British Council aponta a necessidade de coerência entre pressupostos teóricos e conteúdos.
Outras cinco recomendações foram feitas. São elas: clareza nos objetivos de aprendizagem; flexibilidade para a adequação curricular em nível regional; progressão clara da aprendizagem ao longo dos anos; eficácia do ensino da língua, em especial, a premência de investimento em políticas educacionais de formação e qualificação dos professores; e propostas alinhadas às necessidades do século 21, destacando o modo “digital” das novas gerações de pensar, aprender e se comunicar. Todos esses pontos são acompanhados de justificativas e sugestões.
A elaboração desse estudo foi coordenada por Cíntia Toth Gonçalves (British Council) e realizada por três especialistas de destaque no ensino da língua inglesa no Brasil, a saber: Profa. Me. Andreia Cristina Alves de Oliveira Silva (Escola da Vila), Profa. Dra. Kyria Rebeca Finardi (Universidade Federal do Espírito Santo) e Profa. Me. Lívia Pretto Mottin (Universidade do Vale do Taquari – Univates).