PESQUISADORES PRINCIPAIS
  • Miriam Nobre, Sempreviva Organização Feminista (SOF)
  • Kas Sempere, Christian Aid
QUANDO ACONTECEU 2017

O Vale do Ribeira é a região mais vulnerável do estado de São Paulo e conhecida por suas comunidades indígenas, quilombolas e caiçaras. A ONG Sempreviva Organização Feminista (SOF) desenvolve um trabalho por lá desde 2009, com foco em práticas agroecológicas.

A partir de 2017, a atuação da SOF passou a acontecer por meio de um programa de treinamento constituído com o suporte do Fundo Newton, ligado ao British Council. Três eixos estruturam a iniciativa: autonomia pessoal e coletiva das mulheres (o foco principal estava nas mulheres), práticas agroecológicas e construção social de mercado.

A organização britânica Christian Aid participou com sua experiência em processos de avaliação pra criar, juntamente com a SOF, um plano de monitoramento específico para este projeto.

 

Como parte de sua colaboração, a Christian Aid promoveu um workshop e dois encontros presenciais para garantir que o programa estava adotando os indicadores adequados.

Principais resultados

Ao todo, foram realizados 63 atividades e um seminário (“Economia feminista e solidária redesenhando o território”), reunindo agricultores e pessoas de grupos de consumo em um treinamento de quatro dias. Os participantes foram 238 mulheres e 29 homens, a maioria com idade entre 40 e 60 anos. 

Para construir uma aliança com grupos de consumo da capital paulista, a SOF levou membros da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do ABC (UFABC) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), bem como ativistas de permacultura e agroecologia, para algumas reuniões na casa de produtores.

Eles, então, tiveram a ideia de criar cinco pontos de venda na região metropolitana de São Paulo, com cada um atendendo a cerca de 50 consumidores. Também estabeleceram novos acordos de compra. Embora o Vale do Ribeira seja famoso por suas plantações de banana, a ONG estimulou que as famílias investissem na variedade de alimentos.

O resultado foi promissor, com os produtores enviando para os mercados de São Paulo uma variedade de 95 itens frescos e 97 transformados (pães, geleias, chips etc.).

Conheça os principais impactos deste estudo e os produtos gerados a partir dele no one-pager disponível para download no final desta página.