PESQUISADORES PRINCIPAIS |
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QUANDO ACONTECEU | 2015 - 2016 |
Devido ao desmatamento e à falta de políticas públicas adequadas, populações indígenas do noroeste da Amazônia têm corrido o risco de ver sua história e seu conhecimento tradicionais esquecidos. Como tentativa de proteger um passado cultural tão rico, este projeto se associou com o Royal Botanic Gardens de Kew, no Reino Unido, para digitalizar parte da coleção do botânico inglês Richard Spruce.
Ele foi um dos grandes exploradores botânicos da era vitoriana e um dos primeiros europeus a visitar muitos dos lugares, de onde ele colecionava espécimes. Spruce descobriu e deu nome a diversas novas espécies de plantas e se correspondeu com alguns dos mais importantes botânicos do século 19. Ele deixou a Inglaterra em 1849 rumo à América do Sul, e durante seus 15 anos explorando a Amazônia, Spruce coletou uma ampla variedade de plantas (e escreveu relatórios detalhados sobre o uso delas), reuniu artefatos feitos por tribos locais e fez muitos desenhos de pessoas e paisagens.
Segundo os pesquisadores, ter o material do botânico digitalizado poderia auxiliar as populações indígenas amazônicas a se familiarizarem com seu passado e suas tradições.
A expectativa é que isso ajudaria a melhorar não somente a autoestima das populações indígenas, mas também suas habilidades em preservar sua herança biocultural, o que poderia resultar numa maior proteção a toda Amazônia e suas comunidades.