A criatividade sempre foi o ponto de partida para grandes inovações ao longo da história da humanidade e, mais recentemente, ela passou a receber grande importância no mercado de trabalho – profissionais criativos são bastante valorizados em diferentes áreas. E isso não ocorre à toa: a criatividade tem hoje um papel central em diversos setores produtivos, ganhando inclusive uma categoria própria, a chamada economia (ou indústria) criativa.
O termo, que passou a ser amplamente empregado pelos governos de diversos países e por organismos internacionais no início do século XXI, pode ser definido como o setor da economia que tem o capital intelectual – ou seja, a capacidade criativa – como a principal matéria-prima na produção de bens e serviços.
Esse novo setor econômico abrange áreas diversas que não são tão jovens assim, mas que apresentam tanto valor comercial como cultural e que vivem se reinventando. Em 2010, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) criou a seguinte classificação para as indústrias criativas:
- Espaços culturais: sítios arqueológicos, museus, bibliotecas, exposições
- Expressões culturais tradicionais: artes e artesanato, festas, celebrações
- Artes cênicas: música, teatro, dança, ópera, circo, fantoches
- Artes visuais: pintura, escultura, fotografia
- Audiovisuais: cinema, televisão, rádio e outros derivados da radiodifusão
- Editoração e mídia impressa: livros, imprensa e outras publicações
- Novas mídias: softwares, videogames, conteúdos criativos digitalizados
- Serviços criativos: arquitetura, publicidade, pesquisa e desenvolvimento, atividades culturais e recreativas
- Design: interiores, gráfico, moda, joias, brinquedos
A economia criativa é reconhecida como um contribuidor significativo para o produto interno bruto em diversos países. Para se ter uma ideia, o tamanho do mercado global de bens criativos se expandiu substancialmente de US$ 208 bilhões em 2002 para US$ 509 bilhões em 2015, de acordo com o relatório Creative Economy Outlook, publicado pela UNCTAD em 2018. Os principais setores de desenvolvimento e inovação da indústria criativa no mundo são o design, a moda e o cinema.
O Reino Unido é um dos berços e grandes expoentes da economia criativa mundial – atualmente, é o sexto país no mundo que mais exporta bens criativos. As indústrias criativas fizeram uma contribuição recorde para a economia da nação em 2017, ultrapassando a marca de 100 bilhões de libras, segundo dados do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte (DCMS, em inglês) da Grã-Bretanha. Os números mostram um grande crescimento nas indústrias de cinema, TV, música e publicidade britânicas.
Segundo a UNCTAD, esse tipo de indústria estimulou a inovação e a transferência de conhecimento em todos os setores da economia e é um setor crítico para promover o desenvolvimento inclusivo. Ou seja, a economia criativa pode catalisar mudanças e construir sociedades mais inclusivas, conectadas e colaborativas.
Marcas que possuem essas qualidades são cada vez mais valorizadas no mundo contemporâneo, especialmente pelo público mais jovem. De acordo com pesquisa realizada pela Creative Alliance no Reino Unido, 78% dos millennials preferem comprar uma experiência do que um produto.
Estudo no Reino Unido e faça parte do mundo criativo
Que as melhores universidades do mundo estão em terras britânicas não é uma novidade – 11 universidades do Reino Unido foram classificadas entre as 100 melhores do mundo, segundo o Times Higher Education (THE) World University Rankings 2019.
Acontece que as instituições de ensino superior da Grã-Bretanha se destacam também em áreas específicas de artes e humanidades, ficando entre as primeiras colocadas no ranking mundial da THE 2019, conforme pode ser visto abaixo:
Cursos de arte, artes cênicas e design entre os 100 melhores do mundo
Colocação no ranking mundial |
Universidade |
# 1 |
Universidade de Oxford |
# 2 |
Universidade de Cambridge |
# 14 |
UCL (University College London) |
# 29 |
Universidade de Edimburgo |
# 38 |
King's College London |
# 57 |
Universidade de Manchester |
# 78 |
Universidade de Bristol |
# 79 |
Universidade de Warwick |
# 93 |
Universidade de Glasgow |
Cursos de comunicação e mídia entre os 100 melhores do mundo
Colocação no ranking mundial |
Universidade |
# 14 |
UCL (University College London) |
# 26 |
LSE (London School of Economics and Political Science) |
# 29 |
Universidade de Edimburgo |
# 38 |
King's College London |
# 57 |
Universidade de Manchester |
# 78 |
Universidade de Bristol |
# 79 |
Universidade de Warwick |
# 93 |
Universidade de Glasgow |
Cursos de arquitetura entre os 100 melhores do mundo
Colocação no ranking mundial |
Universidade |
# 2 |
Universidade de Cambridge |
# 14 |
UCL (University College London) |
# 29 |
Universidade de Edimburgo |
# 57 |
Universidade de Manchester |
Cursos de história, filosofia e teologia entre os 100 melhores do mundo
Colocação no ranking mundial |
Universidade |
# 1 |
Universidade de Oxford |
# 2 |
Universidade de Cambridge |
# 14 |
UCL (University College London) |
# 26 |
LSE (London School of Economics and Political Science) |
# 29 |
Universidade de Edimburgo |
# 38 |
King's College London |
# 57 |
Universidade de Manchester |
# 78 |
Universidade de Bristol |
# 79 |
Universidade de Warwick |
# 93 |
Universidade de Glasgow |