34a Bienal de São Paulo

Desde 1951, o British Council é um dos parceiros e apoiadores internacionais da Bienal de São Paulo. Não poderia ser diferente na 34ª edição da Bienal de São Paulo, que acontece até 5 de dezembro.

O apoio do British Council à 34ª Bienal está alinhado a visão plural e transformadora da produção artística contemporânea, ressaltando a possibilidade de existência da arte como um gesto de resiliência, esperança e comunicação.

Como organização, o British Council se compromete a promover a liberdade de expressão artística como parte de nossa responsabilidade de representar plenamente o Reino Unido no cenário internacional das artes e cultura.

Conheça as obras dos 4 artistas participantes da 34º Bienal que recebem apoio do British Council:

A Maze in Grace, de Neo Muyanga ©

Levi Fanan/Fundação Bienal de São Paulo

Olivia Plender, Hold Hold Fire, 2019. Still de vídeo. Cortesia da artista
Lawrence Abu Hamdan, After SFX, 2018. Performance no Tate Modern, de Londres, Inglaterra. Foto: Jarred Alterman. Cortesia do artista.
Lydia Ourahmane, In The Absence of our Mothers, 2018. Comissionada e produzida por Chisenhale Gallery London. Cortesia da Artista. 
Lydia Ourahmane, In The Absence of our Mothers, 2018. Comissionada e produzida por Chisenhale Gallery London. Cortesia da Artista. 

A Maze in Grace, de Neo Muyanga (1974, Joanesburgo, África do Sul)

Neo Muyanga é compositor, artista sonoro e libretista. 

Em parceria com o coletivo Legítima Defesa e com a artista Bianca Turner, Muyanga elaborou a grande performance coletiva chamada A Maze in Grace (2020), que está na programação da 34ª Bienal de São Paulo.

A performance que inaugurou a mostra, em fevereiro de 2020, foi inspirada na canção “Amazing Grace”, do poeta e clérigo britânico John Newton, em 1772.

A apresentação de Neo possibilita uma reflexão sobre desconstrução e uma nova interpretação do clássico de John Newton.

Newton foi um homem branco traficante de escravos que se converteu e se tornou um pastor anglicano abolicionista no final do século XVIII.

De acordo com relatos descobertos por Muyanga em uma viagem para Liverpool, a mudança de John Newton ocorreu após uma sequência de experiências de quase morte. 

“Muitas pessoas no mundo acreditam que esta música fala sobre o sentimento dos escravos, mas é uma canção política, de uma igreja política, composta por um pastor que havia sido traficante de escravos”, afirma Muyanga. “Este trabalho mostra a música de maneiras diferentes, com uma multiplicidade de vozes e olhares, podendo suscitar às pessoas reflexões sobre marginalização e a história desse povo”, explica Muyanga.

Além do vídeo com a intervenção de Neo, ainda é possível encontrar um enorme painel com gravuras e estudos realizados por Neo Muyanga.

Hold Hold Fire e Arrest!, de Olivia Plender (1977, Londres, Reino Unido)

Olivia Plender é uma artista conhecida por suas instalações, performances, vídeos e histórias em quadrinhos, todos os projetos sempre baseados em pesquisas históricas.

Através do vídeo Hold Hold Fire e em uma série de desenhos a lápis,  Plender propõe debates sobre a situação atual em relação à violência doméstica, à disparidade salarial e à crise habitacional, especialmente na perspectiva de mulheres no Reino Unido. A artista realizou uma série de encontros em centros comunitários com grupos de ativistas femininas e, junto com uma diretora de teatro, retrabalhou cenas e diálogos da peça de Pankhurst para torná-las atuais, com referências à política britânica recente, em particular à política de austeridade em vigor desde 2010 e o ambiente racista e hostil adotado pelo departamento de imigração.

Em Hold Hold Fire, Plender filma um desses workshops, no qual um grupo de mulheres está recebendo aulas de autodefesa. 

Já a obra “Arrest!” conta com desenhos a lápis baseados em imagens de sufragistas sendo presas pela polícia. Em cada imagem, o espectador vê uma mulher sendo presa por policiais do sexo masculino. Nessas imagens, a repetição do ato de ser preso visa enfatizar a natureza contínua da luta política.

After SFX, de Lawrence Abu Hamdan (1985, Amã, Jordânia)

Lawrence Abu Hamdan é um artista contemporâneo que, inspirado pela música, se dedica à análise e pesquisas minuciosas sobre os efeitos políticos de ouvir, falar e do silêncio. 

Os projetos artísticos de Lawrence Abu Hamdan demonstram como a linguagem é constantemente ouvida, transformada e manipulada por estruturas políticas e sociais em posições de poder. 

Na 34ª Bienal, o artista apresentará uma nova versão de After Sfx (2018), uma instalação de vídeo e som derivada da performance homônima, descrita por Abu Hamdan como uma “cacofonia barulhenta de objetos, uma lista de loops acústicos, destroços e memórias sonoras de violência indissociáveis do som do cinema”, que enfatiza como a nossa percepção do som é um ato profundamente cultural e mediado.

In the absence of our mothers, de Lydia Ourahmane (1992, Saïda, Argélia)

Lydia Ourahmane é uma artista multidisciplinar, conhecida por suas exposições compostas por instalação, escultura e som, que proporcionam envolvimento emocional, psicológico e político do material e do lugar. O objetivo da artista parece ser provocar no espectador a dúvida sobre o que ele está vendo ou ouvindo, ou até sobre se de fato há algo para ser visto ou ouvido.

Ourahmane apresenta na 34ª Bienal a “In The Absence of our mother”, onde a artista derreteu joias de ouro que pertenciam à sua mãe para fazer dois dentes de ouro. Um deles está em exibição na mostra e outro foi colocado diretamente no corpo da artista.

Os curadores da 34ª Bienal de São Paulo são Jacopo Crivelli Visconti (Curador-Chefe), Paulo Miyada (Curador-Adjunto), além dos curadores convidados Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez. A editora convidada é Elvira Dyangani Ose, em colaboração com The Showroom, London.

Os curadores da 34ª Bienal de São Paulo são Jacopo Crivelli Visconti (Curador-Chefe), Paulo Miyada (Curador-Adjunto), além dos curadores convidados Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez. A editora convidada é Elvira Dyangani Ose, em colaboração com The Showroom, London.

Serviço

34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto

4 de setembro de 2021 a 5 de dezembro de 2021

Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera

Entrada gratuita – sem necessidade de agendamento prévio

Visite a Bienal de São Paulo com o diretor do British Council no Brasil, Andy Newton

Saiba mais no site da 34ª Bienal de São Paulo